quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nas ondas dos podcasts

Sistema de transmissão de mídia digital já é hábito entre jovens

Ouvir música no trajeto para o trabalho ou para a faculdade está fora de moda. Com o surgimento dos podcasts, os programas de rádio ultrapassaram as grades de programação radiofônica e se inseriram no cotidiano dos brasileiros.

É o caso do estudante Daniel Bizzi, que não perde um episódio do Nerdcast, seu podcast favorito. “Gravo no meu celular e escuto no ônibus, durante o caminho até o trabalho”, conta. Ele recebe avisos automáticos sobre novos programas em seu e-mail. A facilidade é possível graças à ferramenta RSS, que permite que o usuário cadastrado no site fique informado sobre os novos posts sem precisar acessar a página.

Além disso, os podcasts são fontes de informação personalizada. Rádios como a CBN e a Bandnews oferecem gratuitamente podcasts com material jornalístico para ouvir online e também para download. Diferentemente do rádio em que o conteúdo é mais homogêneo, o material on-line é dividido por temas de interesse. O ouvinte ou internauta é quem decide o que quer ouvir por meio de um clique.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A força feminina no remo



Em um esporte considerado singular, as mulheres mostram que vieram para ficar. O remo é pouco conhecido, mas quem entende um pouco do assunto sabe que é um ótimo investimento na saúde, muito agradável de se fazer e pode ser praticado por toda a família. Mas, por outro lado, encarando os preconceitos de que é um esporte masculino, as mulheres não se deixam abater. São firmes e mostram que são capazes de crescer junto aos concorrentes do sexo oposto.

Com seis anos de experiência no esporte, Talitha Lima, 21 anos, acredita que o esporte só vem crescendo e que deixou de ser excluído: “Já cresceu muito, porque além de tonificar os músculos a queima calórica de cada treino é abundante, chega a ser de 800 a 3000 kcal por treino”. Como as mulheres se preocupam mais com a forma física este é um ótimo esporte para quem quer ficar em dia com o corpo. “Eu comecei com o interesse de emagrecer, estava muito acima do meu peso. Já remo há sete anos e me apaixonei, hoje estou no meu peso ideal e meu corpo se modificou demais, está mais bonito” diz Juliana Vieira, 23 anos, remadora do Clube de Regatas do Flamengo.

A tendência é confirmada pelo técnico do Botafogo de Futebol e Regatas, Mauro Rodrigues de Oliveira, que já exerce a profissão há 11 anos : “Pudemos ver no Panamericano de 2007 que o esporte não cria uma mulher masculinizada, pelo contrário, deixa a mulher forte, porém feminina. Conseguimos classificar a primeira remadora a participar dos jogos olímpicos em Sydney 2000, a Fabiana Beltrame. Hoje temos mulheres jogando futebol, lutando boxe e ,também, remando”.

Elas possuem um treino bem pesado, que não é diferenciado do dos homens. O corpo se desenvolve muito rápido. O cuidado com a alimentação é um fator muito importante para o sucesso no esporte: “Como o remo exige um bom condicionamento físico, o atleta desta modalidade deve se preocupar em manter uma alimentação balanceada, rica em proteína. Estar sempre hidratado, só traz resultados positivos”, explica a nutricionista esportiva Paula Dart, 28 anos.

Pouco conhecido, mas com muitas vantagens, o remo pode ser considerado um esporte que trabalha com quase todos os músculos do corpo. Para manter uma bela aparência, é sempre bom estar em forma para a prática de qualquer esporte. Para quem procura uma alternativa para manter a saúde, o remo é ideal.

Prática desportiva: saudável desde a infância


A prática de esportes é um hábito saudável, independentemente da idade da pessoa. Mas quando se trata da iniciação desportiva de crianças é comum que surjam algumas dúvidas. Os pais muitas vezes não sabem qual atividade é mais adequada para seus filhos e a partir de quando devem incentivá-los a competir.

A professora de Educação Física Michele da Fonseca afirma que não há consenso sobre a idade ideal para que uma criança inicie a prática desportiva. “Esse tema tem uma vertente cultural, pois em muitos países a pressão por rendimentos no esporte é considerada meta e começa muito cedo”, diz.

Ela acredita que até os 12 anos a criança deve se relacionar com o esporte apenas como recreação. “O importante nessa fase é diversificar as atividades. Assim, elas podem experimentar todas as possibilidades e não focar em um só desporto, pois isso agride a construção do acervo corporal da criança”, conta.

A prática específica de determinada modalidade só é recomendada a partir dessa época, pois os pequenos já estão mais amadurecidos física e psicologicamente. “Nessa fase, a criança já está apta, inclusive, a participar de competições, pois, fisiologicamente, já consegue suportar o treinamento específico”, afirma a professora.

Apesar de a prática desportiva ser um exercício saudável, Michele faz um alerta: “Qualquer atividade física, seja por diversão ou para disputas competitivas de alto rendimento, deve sempre ser orientada por um profissional de Educação Física devidamente qualificado, de modo a prevenir o surgimento de lesões”.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

IBGE registra novo aumento do IPCA



Alta de preços preocupa brasileiros

Acostumada com o pagamento de taxas e impostos altíssimos, a população teve mais uma má notícia no quesito ‘gastos’ neste dia 21 de setembro. Foi o que o mostrou o resultado da última análise do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15).

Os dados apontaram uma variação de 0,31% entre agosto e setembro. A alta ocorreu após as taxas atingirem, durante dois meses, níveis próximos de zero (-0,09% em julho e -0,05% em agosto). Juntos, os índices dos últimos 90 dias somaram 0,17% - número inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. A maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou crescimento, como os alimentos, que foram os principais responsáveis pela alta, passando de (-0,68%) em agosto para 0,30% em setembro - as carnes lideram no aumento de preço.

Quem foi ao supermercado nos últimos dias já sentiu a diferença na hora de pagar. A dona de casa Selma Corrêa, 50 anos, diz que não se surpreende mais com os constantes aumentos nos preços alimentícios. “Se a situação continuar como está, não sei como vou conseguir manter minha família, pois a cada semana que venho fazer as compras, volto com menos produtos para casa.”



Outros itens, como o óleo de soja, o açúcar cristal, as frutas, a farinha de trigo e, por conseguinte, o pão francês, acompanharam a alta. Assim, o setor de produtos não-alimentícios refletiu o quadro. O setor de Transportes ficou com a segunda posição (de 0,02% para 0,33%); a gasolina passou a custar 0,77% a mais; os preços das passagens aéreas subiram quase 8% e os artigos de vestuário (0,5%).

Com tantos aumentos, os comerciantes serão obrigados a repassar os custos atualizados para o consumidor. O dono de uma panificadora do Rio, Carlos de Queiróz, 43 anos, afirma que embora as altas aconteçam sempre, nunca é bom para as vendas. “É muito desagradável ter que elevar os preços com tanta frequência como tem ocorrido. Afinal, o cliente torce o nariz e a gente tem que entender.”

sábado, 25 de setembro de 2010

Beach Hand, a nova modalidade de um antigo esporte

Um grupo de rapazes chega de forma discreta ao posto 4. Depois que instalam um gol nas areias de Copacabana, se poderia pensar que vão jogar futebol. Mas está para começar mais um treino de handebol, comandado pela técnica Camila Pena. O beach hand, ou handebol de praia, surgiu há pouco mais de dez anos e vem ganhando força nos últimos seis no Brasil. Em 2010, o país conquistou o bi-campeonato no masculino e o terceiro lugar no feminino no IV Mundial de Handebol de Areia, na Turquia.

Apesar disso há pouca divulgação e só existe uma escola localizada no Leme. O único apoio vem da Federação Brasileira e da Confederação de Handebol, que mantêm os espaços na praia, além do trabalho de assessoria de comunicação feito por Camila. "Não adianta ir para as rádios, televisão e jornais, criarem o interesse, se não existirem mais escolinhas. Caso alguém se interesse, ou ele cria um time, ou tenta ingressar em um já existente", explica a técnica.

Professora de Educação Física, ela conheceu o esporte ainda na faculdade. Apesar de ter iniciado no handebol indoor, há dois anos se dedica completamente à prática do esporte nas areias e ao time Cepraea Beach Hand, campeão da série C do Circuito Carioca deste ano.

O treino na praia é quase sem custo e existem, ainda, outras vantagens. "O mercado é mais aberto no beach hand. Aqui você consegue montar o seu time e chegar à alta perfomance com mais facilidade, sem depender das outras equipes." Quanto às diferenças técnicas, a quadra é menor, o número de jogadores reduzido e existem gols que valem dois pontos, como o gol de goleiro e o gol espetacular, que é o gol de 360º. Mas a maior diferença é que o no beach hand o contato físico não é permitido. A consequência disso é que as faltas são praticamente eliminadas, pois é um esporte que prima pelo fair play e pelo handebol espetáculo.





sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)

O apoio ao desenvolvimento das famílias agricultoras vem sendo modificado e ampliado nos últimos anos. A partir de ações específicas, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) tem buscado criar condições para que as famílias agricultoras melhorem seus processos de produção, voltados à segurança alimentar, à sustentabilidade ambiental e à geração de emprego, com foco no desenvolvimento rural.

Pra isso, o MDA junto com as suas Delegacias Federais disponibiliza para o agricultor familiar diversos programas e ações que dão acesso ao financiamento da produção. Jaime Muniz, Delegado Federal do Ministério Agrário do Rio de Janeiro fala sobre o crédito rural do Pronaf com grande satisfação, e conta que existem diversas linhas de financiamento para custeio, investimento ou comercialização das atividades desenvolvidas pelas famílias agricultoras.

As taxas de juros do financiamento são as menores que existem no mercado, variando de 0,5 a 5,5% ao ano. Além disso, algumas linhas de crédito apresentam bônus de adimplência, que é um desconto oferecido para quem paga em dia suas parcelas. “Além de proporcionar suportes ao trabalhador rural para combater as desigualdades existentes, a implantação das ações são importantes, pois fornecem melhor qualidade de vida. Oferecendo direitos, desenvolvimento social e Organização sustentável da produção”, fala Muniz sobre o crédito rural.

Para acessar quaisquer das linhas do crédito Pronaf o agricultor deve ter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que é gratuita. Ela permite que o agricultor saiba as linhas de crédito existentes. As condições de acesso ao Crédito Rural do Pronaf, formas de pagamento e taxas de juros correspondentes a cada linha são definidas, anualmente, a cada Plano Safra da Agricultura familiar.

Consulte informações atualizadas disponíveis no Manual de crédito rural ou no site do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Natalia Marques Matias

quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Exposição de carros antigos em São Cristóvão


Apesar de os últimos lançamentos cheios de tecnologia encherem os olhos, os carros antigos ainda arrancam olhares de admiradores quando passam nas ruas. Os apreciadores dessas raridades sempre que se deparam com uma delas fazem questão de parar e olhar todos os detalhes: bancos originais, rodas e motores possantes. Mas como não é comum ver um Opala ou um Karman Ghia passando pelas ruas, são realizadas exposições onde os fãs de carros antigos podem ver relíquias que foram e continuam sendo cobiçadas.
Uma dessas exposições está no Museu Militar Conde de Linhares, localizado em São Cristóvão. Realizada a cada 3º domingo do mês das 9 às 16h, ela acabou se tornando um ponto de encontro dos colecionadores.
Alguns dos carros como Opala, Fusca, Aero Willis são todos originais e são os que chamam mais atenção do público. E não podia ser diferente depois de tanto cuidado que os donos possuem para que eles se mantenham assim.
“É bom ver as pessoas admirando nosso carro”, diz Isolino Ferreira, 51 anos dono de um Fusca 73.
O Museu Militar Conde de Linhares fica na Avenida Pedro II, 383.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Flanelinha: um mal a ser acabado


Aos sábados, na Avenida Rio Branco. Às quartas-feiras e domingos no Maracanã. Os flanelinhas tomam conta das ruas do Rio de Janeiro. Um atropelamento causado por uma dessas pessoas, que não possui nenhum tipo de vínculo com a Prefeitura, aconteceu no dia 19 de julho, e a vítima foi uma estudante de 29 anos.


Os flanelinhas, geralmente, ficam com as chaves dos veículos e foi por isso que Ledo dos Anjos Cândido, 57 anos, dirigiu o veículo sem autorização do dono até o Flamengo. Mas foi na volta do trajeto que ele atropelou e matou a estudante que estava atravessando a Praia do Flamengo. Além de estar com sua habilitação vencida, ele não prestou socorro á vitima.


A assessoria de comunicação da Prefeitura do Rio de Janeiro informou que procura manter a cidade limpa desse tipo de serviço ilegal. “Possuímos vários tipos de operações ao longo do dia, porém ainda não temos uma que combata exclusivamente esse tipo de serviço ilegal”.


Quem precisa estacionar se diz sem outra alternativa. “Todas as vezes que parei o carro em frente ao restaurante que frequento aos domingos não vi uma única pessoa com o colete de guardador. Por isso, acabo estacionando com quem está na rua”, informa Claudionor dos Santos, morador da Zona Sul.


Segundo informações da SEOP - Secretaria de Ordem Pública – a Guarda Municipal também ajuda no combate aos flanelinhas. “Há um grupo de 5.200 guardas, mas o foco da Guarda Municipal do Estado do Rio é o cidadão”.


A SEOP divulgou o número total de presos no ano passado. Foram 423 flanelinhas detidos. Até o mês de julho deste ano, já foram 579 prisões. De todas essas prisões, o que mais assusta é o fato de 70% já possuir passagem por alguma delegacia policial e 3% ter mandado de prisão e/ou ser foragido da justiça.

O novo tipo de balada carioca


Há dois anos o cenário era outro. Pista cheia, as pessoas se acabando de tanto dançar ao som do funk e da música eletrônica. Hoje esse cenário é totalmente diferente. O tipo de festa que está conquistando mais e mais pessoas que curtem a noite é justamente aquela livre de qualquer tipo de intolerância.

As festas chamadas de baile funk, sofrem grande preconceito por serem vistas como comemorações de “favelado”, pois muitas são realizadas nos morros e favelas da cidade. Já as que tem música eletrônica sofrem preconceito por serem frequentadas pelas “patricinhas”, pessoas que não vão a outro tipo de festa.

Ela, que veio direto da terra da garoa, São Paulo, e está cada vez mais presente na noite carioca é a chamada Gambiarra. É uma mistura de gêneros. Segundo o DJ Armandinho, essa nova onda está fazendo muito sucesso nas pistas. “A galera cansou das músicas de sempre, eles querem novidade, e a Gambiarra traz isso”, afirma.

Os jovens de hoje estão em busca de coisas novas. Músicas ultrapassadas já não têm vez. Frequentadora assídua, Amanda Florença, 22 anos, não quer mais saber de outro tipo de balada. “Você tem que ficar atento às tendências que aparecem, caso contrário, fica para trás. Adoro a Gambiarra, pois você pode curtir várias músicas ao mesmo tempo, vai do pop ao funk, passando pelo rock, pop e até axé, em vários ritmos que contagiam”, declara.

Segundo Carlos Macedo, um dos promotores desse divertimento, o recorde sempre é ultrapassado em relação às anteriores. “O pessoal gosta muito, um avisa ao outro onde será a próxima”. E para os curiosos conhecerem essa nova sensação, é só aparecer no Circo Voador, na Lapa. Outras novidades são os personagens que circulam no meio da galera. Pessoas fantasiadas de Chapeleiro Maluco e de Rainha de Copas. Já pensou?

Frequentadores da feira de São Cristóvão procuram cultura, música e comida típica

Durante 58 anos, a tradicional Feira permaneceu debaixo das árvores no Campo de São Cristóvão. Em 2003, as barracas foram transferidas para dentro do antigo Pavilhão, que foi reformado pela Prefeitura do Rio e então transformado no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas.
Hoje, a Feira de São Cristóvão tem boa infraestrutura de limpeza e segurança, com banheiros públicos e estacionamento. Comprar, comer e se divertir são as opções que o local dá, hoje, a seus visitantes, oferecendo tudo de que o Nordeste dispõe e, nas suas quase 700 barracas, as riquezas mais típicas.
Entre os frequentadores, há gosto para tudo. Márcia Paulino, 33, dona de casa, diz que vem por adorar comida nordestina. “No Rio, o melhor lugar para encontrarmos comidas típicas do Nordeste é a feira. Quando era no Campo de São Cristóvão eu não gostava muito por causa da falta de higiene.”
Mas para quem gosta de um bom arrasta pé, a opinião é outra. Hortência da Silva, 21, estudante de Jornalismo, está sempre lá. “Sou carioca, com laços de pai e mãe paraibanos. Passei um ano na Paraíba e encontrei a paixão em dançar forró. É uma dança diferente, necessita de prática e eu adoro”, opina a estudante.
Além dos que vão para dançar e comer existem aquelas pessoas que vão para comprar. A técnica em enfermagem Maria do Céu, 42, vai, pelo menos, uma vez ao mês, para comprar brincos, cordões, braceletes, redes e até roupa. “Tenho cinco redes, uma de cada estampa. Compro até presentes para dar de aniversário.”

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Moradores de rua atormentam Tijuca

A quantidade de moradores de rua na Tijuca incomoda os residentes. Espalhados pelas praças ou portas de igrejas e agências bancárias, os sem-teto abordam os transeuntes pedindo esmolas ou – com menos sorte – partindo para o assalto.
A maioria das pessoas que vive nas ruas é de adultos e idosos. Famílias inteiras, dependentes químicos e pacientes psiquiátricos são os casos mais comuns. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), eles vêm das favelas da região e permanecem na rua em busca de dinheiro.
Para alcançar esse objetivo, muitos se dedicam ao comércio informal – como camelôs, vendedores de balas ou flanelinhas. Outros contam com a generosidade de quem passa e pedem dinheiro e comida para sobreviver. Nesse grupo, é comum encontrar mães com crianças no colo.
Para Claudia Ferreira, de 27 anos e residente do bairro há cinco, o número de moradores de rua no bairro aumentou nos últimos meses. “Apareceram muitos. Antes, eu conhecia de vista os mendigos que moravam perto da minha casa. O Choque de Ordem maquiou a Zona Sul e acentuou o problema aqui.”
Quanto a isso, a prefeitura diz estar tomando providências. A assessoria de imprensa da SMAS esclarece que aumentou o número de equipes de educadores sociais, de vagas em abrigos e de encaminhamentos para cursos de capacitação profissional. “Essas ações visam reintegrá-los à sociedade evitando seu retorno às ruas. As ações na área da Tijuca e bairros vizinhos continuarão sendo realizadas.” Os resultados, no entanto, ainda não apareceram.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Frequentadores da feira de São Cristóvão procuram música, cultura e comida típica



Durante 58 anos, a tradicional Feira permaneceu debaixo das árvores do campo de São Cristóvão. Em 2003, as barracas foram transferidas para dentro do antigo pavilhão, que foi reformado pela prefeitura do Rio de Janeiro e então transformado no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas.



Hoje, a Feira de São Cristóvão tem boa infraestruturade limpeza e segurança , com banheiros públicos e estacionamento. Comprar, comer e se divertir são as opções que o local dá, hoje aos seus visitantes, oferendo tudo de que o Nordeste dispõe e, nas suas quase 700 barracas, as riquezas mais típicas.



Entre os frequentadores, há gosto para tudo. Marcia Paulino, 33, dona de casa, diz que vem por adorar comida nordestina. "No Rio, o melhor lugar para encontrarmos comídas típicas da região é a feira. Quando era no campo de São Cristóvão eu não gostava muito por causa da falta de higiene."



Mas para quem gosta de um bom arrasta pé a opinião é outra. Hortência Oliveira, 21 estudante de Jornalismo, está sempre lá. "Sou carioca, com laços de pai e mãe paraibanos. Passei um ano na Paraíba e encontrei a paixão em dançar forró. É uma dança diferente, necessita de prática e eu adoro", opina a estudante.



Além dos que vão para dançar e comer, existem aquelas pessoas que vão para comprar. A técnica em enfermagem Maria do Céu, 42 vai, pelo menos, uma vez ao mês, para comprar brincos, cordões, braceletes, redes e até roupa. "Tenho cinco redes uma de cada estampa. Compro até presentes para dar de aniversário.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quiosques de lanches revitalizam áreas escuras da cidade

Locais escuros e abandonados da cidade ganham vida e movimento. Um conjunto de quiosques independentes está se espalhando pelo Rio de Janeiro. No cardápio, sanduíches de encher os olhos e o estômago. O espaço é organizado e iluminado, algo importante em uma metrópole onde segurança é um dos pontos mais críticos no cotidiano dos moradores.

Sanduíche 7 Pecados
Fartura para os frequentadores mais gulosos, quiosques como o Barão Lanche revitalizam locais ocupados anteriormente por entulho e até moradores de rua. E não falta variedade. Gerente da unidade, instalada na rua Barão de Mesquita, na Tijuca, Waltair Lomar exibe com satisfação o cardápio com imensos sanduíches e, também, opções naturais.

O primeiro quiosque-lanchonete foi aberto na Ilha do Governador. Agora, a rede começa a se espalhar pela cidade. Cada unidade tem um nome e é gerenciada de forma independente, mas o cardápio segue um determinado padrão. Bebidas alcoólicas são vendidas a preços que estimulam o consumo moderado, pois o objetivo é oferecer um ambiente agradável a famílias.

As sub-prefeituras do Rio de Janeiro são os órgãos responsáveis pelas licenças de funcionamento. Lomar afirma que tudo está legalmente encaminhado, o que agrada frequentadores como Eduardo Chaves. “É bom ver a iluminação de volta na esquina, diminui a sensação de insegurança”, diz o estudante, vizinho do Barão Lanche. Juntou-se a fome – de segurança – com a vontade de comer.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mais Bandeiras para o Flu



Criatividade da torcida contribui para boa campanha



No jogo do dia 29 de agosto, o Fluminense teve um incentivo extra contra o São Paulo, pela 17ª rodada do torneio: o Encontro das Bandeiras II. Os torcedores já tinham realizado uma primeira edição em 2009, na partida contra o Náutico, quando o clube lutava para escapar do rebaixamento. Hoje, como líder isolado do Campeonato Brasileiro e dono da melhor média de público da competição com quase 50 mil pagantes por jogo, as bandeiras antecipam o gosto de mais um título nacional.

Membro da torcida organizada YoungFlu, Marcelo Teixeira, de 25 anos, explica que a iniciativa para esse tipo de evento parte de várias associações."Esta, por exemplo, foi idealizada pela Legião Tricolor, mas todos nos unimos para fazer uma calorosa recepção ao time."

O encontro foi marcado para as 15h, na rampa de skate próxima à Uerj. Ao contrário do que geralmente ocorre, neste dia não houve distribuição de brindes para a interação da torcida. Quem estava sem bandeira e não quisesse comprar dos ambulantes que circulavam no entorno do Maracanã podia confeccioná-la no local, seguindo às 16h30min para as arquibancadas a tempo de ovacionar o time.


Foto: Jéssica Santos


A manifestação foi, para a maioria dos presentes, uma ótima maneira de expressar a boa relação entre time e torcida. Estima-se que cerca de 20 mil torcedores tenham comparecido ao estádio com bandeiras do time. O estudante de Engenharia Thiago Lima, de 18 anos, diz não fazer parte de nenhum grupo organizado. Porém, afirma que o fato não o impede de demonstrar seu amor pelo clube do coração. "Somos todos apaixonados pelo Fluminense. Não precisamos nos associar para provar isso. Basta comparecer ao estádio e ajudar a empurrar o time."

Mas o espetáculo, que proporcionou belas imagens na arquibancada, não interferiu no resultado: o Fluminense terminou a rodada na liderança, embora com um singelo empate como mandante.