quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Neutralidade de Marina modifica tendência dos eleitores


Marina Silva surgiu como força de apoio que poderia ajudar na definição das eleições presidenciais, com seus 20 milhões de votos (20% do total). A expressiva votação da candidata do Partido Verde renovou sua expressão na política brasileira. Antes dela, nunca houve qualquer candidato com uma terceira colocação tão acentuada.

A ex-ministra sempre teve uma boa colocação. Tanto em sua eleição como vereadora, deputada estadual e senadora, o que valorizou seu destaque no nível nacional.

Findo o primeiro turno, ela optou pela neutralidade. Mesmo com boa porcentagem de votos, os eleitores de Marina não aceitam votar em mais ninguém para a Presidência da República. É o que está acontecendo com a eleitora Lurdes de Albuquerque, 40 anos, que afirmou ter votado em Marina e, hoje, não sabe em quem votar.

O eleitor Amaro Silva, 35 anos, garante que, apesar de ter votado em Marina, não seguiria sua indicação, mesmo que ela tivesse apoiado Dilma ou Serra. para ele, a atitude de neutralidade mostrou que ela é indecisa. "Eu esperava uma aliança por parte dela nessas eleições, mostrando seu favoritismo, mas não aconteceu."

Assim como Lurdes e Amaro, muitos outros eleitores estão perdidos. Até porque a opção de voto nela foi não apenas por questões de competência, mas também pela religião evangélica ou pelo fato de ser mulher. Poucos pautaram em função de sua agenda ambientalista.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Grande Tijuca tem melhor nível médio da rede pública

Texto e foto de George de Sousa


Embora as escolas estaduais e municipais não façam parte das mais bem avaliadas, na região da Grande Tijuca se concentram três das seis melhores entre as públicas segundo a classificação do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio de 2009. O Colégio Pedro II, localizado em São Cristóvão, ficou com o terceiro melhor índice do estado na última prova, perdendo apenas para o Instituto de Aplicação, CAP-UERJ e a Escola Politécnica da FIOCRUZ, que são as primeiras colocadas.
Outras ótimas opções são o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia, CEFETQ, no mesmo bairro, que ficou em quarto entre os públicos, seguido de perto pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, CEFET, no Maracanã, que ocupou a sexta colocação. Ainda há o Instituto Superior de Educação, na Tijuca, e o Colégio Estadual Ferreira Vianna, também no Maracanã, que sempre se destacam entre os demais da rede estadual.
É por esse bom desempenho que todas as instituições citadas recebem alunos de diversos bairros do Rio. Apesar de morar em Realengo, Thayane Caroline, 16 anos, está no terceiro período do curso técnico de Meio Ambiente na CEFETEQ. “Fiz prova para o CEFETEQ, CEFET e Pedro II, e consegui passar em um. Apesar da distância, acho que vale a pena”, diz ela. Sua avó Francisca de Sousa, 59 anos, concorda e sabe a importância que é ter um ensino de qualidade. Porém, lamenta a distância. “Seria bom se o colégio fosse mais próximo, mas vamos até eles.”
Chefe de secretaria do Colégio Pedro II e funcionária há 20 anos, Vera Regina confirma a tendência. “Aqui tem alunos da Zona Sul, Zona Norte, Zona Oeste e até da Baixada. Nosso colégio tem 172 anos de tradição e o ensino é de excelente qualidade.” Para Vera, é preciso que outras instituições de ensino sigam o exemplo dos colégios federais. Só assim haverá uma democratização geográfica e o acesso ficará facilitado. Existem outras unidades do Colégio Pedro II no Centro, Engenho Novo e em Realengo, porém a unidade de São Cristóvão é a que tem o melhor desempenho.
Foi justamente em busca desse melhor desempenho que Marcel Vianna, 22 anos, morador do Méier, hoje estudante de jornalismo na Universidade Veiga de Almeida, fez a prova para ingressar no curso técnico de informática do CEFET Maracanã, onde cursou o Ensino Médio. “A distância da minha casa para o colégio não foi nenhum obstáculo.” É o que acontece com quem deseja ir mais longe: a distância geográfica, no fim, é a que menos importa.

domingo, 24 de outubro de 2010

Interesse por estudo de idiomas aumenta

Nos últimos anos, alunos de diversas idades vêm procurando cursos de idiomas para aprenderem, desenvolverem ou se especializarem em diferentes línguas.
No passado, francês era o que mais atraía a procura. A partir da década de 1970, o inglês se tornou a febre. Porém, já nos anos 1990, o idioma espanhol também passou a ocupar lugar de destaque.
Motivos para esta acentuada demanda não faltam. Filmes, músicas e, principalmente, a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 (ambas serão realizadas no Brasil) são os mais fortes.
Professores de escolas de nível médio como,.Janaína Furtado, entendem o interesse dos estudantes pelas aulas nos cursos particulares, mas lembram que os colégios exigem que professores sigam a programação estabelecida pelos diretores.
Contudo, certos alunos pensam de outra maneira. Para a aluna Jéssica Leal, do Curso Universidade Educacional, o que mais a entusiasma é entender o que as pessoas falam e poder se comunicar com elas. Sempre ficava curiosa em saber o que os artistas cantavam nas músicas”. declara Jéssica. “Estudo na escola, mas só me ajuda para ser aprovada e não ter problemas com os meus pais. No curso é diferente. É muito mais interessante e dinâmico”.
Cada estudante tem uma explicação para preferir os cursos de idiomas. Sua colega Andréa Vieira reforça: “Nos filmes a gente tem o recurso das legendas para entender na hora. Mas na net e nas músicas que tocam nas rádios não tem como”.
Mike de Souza, colega de turma das garotas, reforça a ideia: “Se todo mundo fala, por que eu também não posso ?”
É verdade. Por esta e por outras razões, muitas barreiras estão sendo quebradas. A globalização une cada vez mais nações, culturas, povos e se torna uma marca indelével dos novos tempos.

Horário político divide opiniões

Próximos ao segundo turno das eleições presidenciais, os brasileiros se deparam novamente com o horário eleitoral gratuito interferindo nas grades de programação das rádios e tvs de todo o país.
Muitos como Hortência Marques, declaram ser a favor dos programas eleitorais gratuitos por oferecerem a chance de se ouvir e conhecer as ideias dos candidatos e, assim, formar uma opinião.
Acrescenta também não se incomodar por ter que assistir aos programas em horário diferente daquele a que está acostumada. “Pela democracia, vale à pena”, completa.
Heitor Ferreira tem o mesmo pensamento.
Para ele, o horário político propicia aos eleitores de todo o país a possibilidade de conhecerem melhor as propostas dos candidatos. Podem, desta maneira, analisá-las compará-las e se decidirem. . “Os programas eleitorais são fundamentais para que a gente possa ver e escolher quem são aqueles que merecem nossa confiança e em quem podemos depositar nossas esperanças. Podemos assistir a novelas e filmes a qualquer hora”, enfatiza.
Porém, outros são totalmente contrários à obrigatoriedade da veiculação do horário político. Uma delas é Helena Ferraz . Helena fez questão de registrar sua antipatia pelo horário político em rádio e tv e os contra tempos que geram.
“Eu sou contra porque eles atrasam a programação das emissoras e mexem com a rotina diária de nós, brasileiros. Os candidatos estão com a vida ganha. Se queremos saber de suas propostas, podemos usar a Internet. Não precisamos ficar ouvindo um João das Couves qualquer dizer: meu número é tal.”.
Em época de eleição, os brasileiros podem escolher entre ouvir ou desligar os aparelhos na hora dos programas eleitorais. Mas devem lembrar que esta decisão vai influenciar suas vidas nos próximos quatro anos.

Campanha eleitoral feita em 2010 deixa as ruas mais limpas

As eleições de 2010 para os cargos de presidente, governador, senadores, deputado federal e estadual têm mantido as ruas mais limpas. Ainda é possível se deparar com fotos e cartazes em demasia. Mas nada comparado a eleições anteriores.

Regina dos Santos, contratada para trabalhar diariamente na divulgação de candidatos, fica lotada na Praça Saenz Peña. Ela é categórica ao afirmar: “Fico aqui das 8h às 18h e vejo que, este ano, está tudo muito mais limpo”.

Os valores pagos àqueles que, como Regina, ficam nas ruas variam entre R$ 100,00 e R$ 150,00 por até dez dias trabalhados. Contudo, durante o tempo em que estão envolvidos nas campanhas, respeitam a rigorosa fiscalização eleitoral porque temem sofrer punições. Órgãos como o Ministério Público trabalham com ainda mais rigor na fase final das eleições.

Patrícia Morais, moradora da Tijuca, está satisfeita com o que tem visto. "Já ficamos tão indignados com a roubalheira que tem por aí que, pelo menos, temos a chance de poder ver as ruas em melhor estado.” Em tempos de maior preocupação com a ecologia, a regulação traz benefícios para todos os eleitores. Sejam eles de que partido forem.

sábado, 23 de outubro de 2010

Alunos do Ensino Médio recebem aulas de Moda

Os alunos do Colégio Pedro II do Engenho Novo estão recebendo aulas de moda e produzindo desfiles. O projeto – pioneiro na área – é idéia da professora de Artes Gisela Viana. “Tudo começou no ano passado, quando levei uma turma à exposição do estilista Yves Saint Laurent, cinco alunas se animaram e, juntas, planejamos um desfile em homenagem a ele”, conta.

O desfile, planejado em horários extracurriculares, rendeu frutos. Agora, Moda é uma matéria eletiva para os alunos do primeiro ano do Ensino Médio do tradicional colégio. Segundo a professora, os estudantes adoram. “Tantos eles como os pais e a cúpula da escola estão apoiando as aulas”, diz.

No curso, de duração de um ano, os alunos aprendem a desenhar croquis, trabalhar manualmente design de produto e produzir uma coleção e um desfile. “É importante para que eles vejam as diversas possibilidades artísticas que o atual mercado de trabalho oferece”, explica Gisela.

Para mostrar que as aulas estão dando resultado, mais dois desfiles estão programados. Um dia 23 de outubro às 16h, no Teatro Mário Lago, e outro no recreio do 2º turno na própria escola, dia 27. “Os alunos criaram a roupa completa e mandaram confeccioná-la. Nada melhor do que colocar esta linguagem artística dentro do universo escolar. Moda é arte!”, exalta a animada professora.

Por Leonardo Torres

Cascas de frutas fazem bem à saúde

Jogar as cascas de frutas no lixo é, para os pesquisadores do assunto, sinônimo de ignorância. Isso porque elas podem conter tanto ou mais nutrientes que a polpa e trazer uma série de benefícios à saúde. A nutricionista Ingrid Maia é adepta do consumo das cascas e as recomenda para seus pacientes: “A casca da banana, por exemplo, que é sempre desprezada, é rica em fibras que podem ajudar no controle do colesterol.”

Mas a maioria das pessoas não sabe disso. Segundo pesquisa do Instituto Akaku, 65% dos brasileiros não come talos e cascas de alimentos e apenas 15% os reaproveita para o preparo de outros pratos. Ingrid, ainda usando a banana como exemplo, diz que a sua casca pode ser usada para fazer doces e bolos.

A casca de frutas cítricas, como tangerina e laranja, também é eficaz na diminuição do colesterol. Já a de uva atua como hipertensivo e a de maçã previne contra o câncer, evitando a proliferação de células tumorais.

O importante, segundo a nutricionista, é tomar cuidado com a higienização das cascas, porque elas chegam até o consumidor impregnadas de agrotóxicos: “Para isso, é só deixá-las dentro de uma panela com um litro d’água e duas colheres de vinagre por 20 minutos”. Assim, elas só fazem bem.

Por Leonardo Torres

domingo, 17 de outubro de 2010

Criatividade em alta no tuning de computadores


Pegue a necessidade de deixar o computador mais eficiente melhorando o seu desempenho e aliem-se a isso incrementos no seu visual. Esse é o casemod. O termo vem de duas palavras inglesas, case, que é caixa, e Mod que vem de modification. A modificação de gabinetes de computadores que, na verdade, pode ser aplicada na estrutura de diversos equipamentos. É o mesmo conceito da tunagem de automóveis.

Embora não se saiba ao certo como surgiu, o objetivo do casemod é melhorar o que o fabricante entregou. O próprio usuário cria e executa o seu projeto, segundo as suas necessidades e senso estético. Não basta deixar a máquina esteticamente mais bonita. É preciso ter funcionalidade, desempenho e velocidade de processamento. É necessário aperfeiçoar a refrigeração do processador, a ventilação do gabinete e projetar novas funções para conexões, painéis e periféricos. O que gera dois grandes diferenciais: a auto-execução e a exclusividade.

Com tantas inovações surgiram campeonatos e, com eles, alguns talentos. José Fernando de Carvalho Junior, o Mr. Kholl, participou de competições internacionais promovidas pela CoolerMaster, fabricante de assessórios especializados. Com os projetos Silent e BlueTrak foi vice-campeão e campeão, respectivamente. Contaram a originalidade, documentação do projeto, acabamento e funcionalidade. Em relação ao desempenho, existem competições que medem a velocidade da CPU, como ocorre na Campus Party. “Nesta segunda edição, apresentei meu projeto Nano, que é um gabinete de PC, destinado à multimídia, com apenas 12cm² de superfície e da altura e volume e 4 caixinhas de CD. Com ele conquistei um troféu na feira.”

Em um concurso os tipos de categoria podem variar. Existem as especialidades dos Construtores, dos Recicladores, dos Designers, dos Gammers e dos preocupados com a eficiência do equipamento. Mas a composição delas pode formar várias outras categorias. O que para muitos é um hobby para outros, principalmente para a indústria, pode ser uma atividade rentável. Inicialmente o lucro está na experiência e no conhecimento tecnológico. Mas o prestígio conquistado garante bons patrocinadores desse mercado, evitando o custo que normalmente ocorre, na compra de assessórios e de materiais.

“Hoje, caminho com um projeto voltado para estúdio de gravação e edição de áudio, chamado de Duna: uma mesa de som computadorizada, mas planejada dentro da minha concepção de casemod, em cada detalhe.”

Quem desejar entrar nesse mercado primeiro precisa observar bem os modelos na internet e entender que pode estar melhorando ou pifando sua máquina original. Estudar e fazer modificações que melhorem o desempenho do seu computador. É preciso planejar bastante, conhecer bem os fornecedores, ter certeza de suas habilidades técnicas ou artísticas e avaliar o custo da modificação.










quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Twitter ganha força nas eleições de 2010

O primeiro lugar que José Serra escolheu para se pronunciar sobre a confirmação do segundo turno eleitoral no domingo, dia 3, foi o Twitter: “Muito obrigado a vocês todos pela confiança. Daqui a pouco vou falar em uma festa organizada pela nossa campanha aqui em São Paulo.” Esta é a prova do poder da rede social nas eleições desse ano.
O especialista em estratégias de comunicação Márcio Ferreira diz que o movimento dos presidenciáveis no Twiter foi intenso nas últimas semanas antes da votação. O tucano, por exemplo, realizou um chat pela Twitcam com mais de 10 mil seguidores na véspera da eleição, quando toda a campanha já havia sido suspensa nas mídias tradicionais.
Mas quem melhor desfrutou do meio foi Marina Silva, que terminou o primeiro turno com 20% dos votos. “O Twitter funcionou não como onda, mas praticamente como uma tsunami digital verde a favor de Marina Silva”, opina. Os tweets citando a candidata do PV foram vistos mais de 79 milhões de vezes entre o dia 30 de setembro e o dia 3 de outubro. Já os de José Serra 40 milhões de vezes e os de Dilma Rouseff 19 milhões.
O sucesso de Marina na rede social foi impulsionado também pelos famosos que declararam seu voto a ela, como Bruno Gagliasso, Pedro Neschling e um perfil fake de Danilo Gentilli. “Eles fizeram posts com uso das hashtags #ondaverde e #marina43 e os direcionaram para os jovens, chamando-os a aderir à campanha”, conta Márcio.
Enquanto Marina não anuncia quem receberá seu apoio no segundo turno, a campanha de Serra e Dilma continua também na Internet. De segunda, 4, à quarta-feira, 6, a petista deixou quatro mensagens aos seus 250 mil seguidores. José Serra se dedicou mais: postou 19 tweets, sendo 15 respostas a eleitores, e comemorou seu sucesso na rede social: “Caramba, quase 479 mil seguidores! A nossa comunidade aqui vai fazer a diferença.”

Por Leonardo Torres