terça-feira, 26 de outubro de 2010

Grande Tijuca tem melhor nível médio da rede pública

Texto e foto de George de Sousa


Embora as escolas estaduais e municipais não façam parte das mais bem avaliadas, na região da Grande Tijuca se concentram três das seis melhores entre as públicas segundo a classificação do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio de 2009. O Colégio Pedro II, localizado em São Cristóvão, ficou com o terceiro melhor índice do estado na última prova, perdendo apenas para o Instituto de Aplicação, CAP-UERJ e a Escola Politécnica da FIOCRUZ, que são as primeiras colocadas.
Outras ótimas opções são o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia, CEFETQ, no mesmo bairro, que ficou em quarto entre os públicos, seguido de perto pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, CEFET, no Maracanã, que ocupou a sexta colocação. Ainda há o Instituto Superior de Educação, na Tijuca, e o Colégio Estadual Ferreira Vianna, também no Maracanã, que sempre se destacam entre os demais da rede estadual.
É por esse bom desempenho que todas as instituições citadas recebem alunos de diversos bairros do Rio. Apesar de morar em Realengo, Thayane Caroline, 16 anos, está no terceiro período do curso técnico de Meio Ambiente na CEFETEQ. “Fiz prova para o CEFETEQ, CEFET e Pedro II, e consegui passar em um. Apesar da distância, acho que vale a pena”, diz ela. Sua avó Francisca de Sousa, 59 anos, concorda e sabe a importância que é ter um ensino de qualidade. Porém, lamenta a distância. “Seria bom se o colégio fosse mais próximo, mas vamos até eles.”
Chefe de secretaria do Colégio Pedro II e funcionária há 20 anos, Vera Regina confirma a tendência. “Aqui tem alunos da Zona Sul, Zona Norte, Zona Oeste e até da Baixada. Nosso colégio tem 172 anos de tradição e o ensino é de excelente qualidade.” Para Vera, é preciso que outras instituições de ensino sigam o exemplo dos colégios federais. Só assim haverá uma democratização geográfica e o acesso ficará facilitado. Existem outras unidades do Colégio Pedro II no Centro, Engenho Novo e em Realengo, porém a unidade de São Cristóvão é a que tem o melhor desempenho.
Foi justamente em busca desse melhor desempenho que Marcel Vianna, 22 anos, morador do Méier, hoje estudante de jornalismo na Universidade Veiga de Almeida, fez a prova para ingressar no curso técnico de informática do CEFET Maracanã, onde cursou o Ensino Médio. “A distância da minha casa para o colégio não foi nenhum obstáculo.” É o que acontece com quem deseja ir mais longe: a distância geográfica, no fim, é a que menos importa.

Um comentário:

  1. lEGAL GEORGE. OUTROS COLÉGIOS DEVERIAM TENTAR MELHORAR O ENSINO E DIMINUIR ESSA DIFERENÇA.
    O CURIOSO DA SUA MATÉRIA É O FATO DA CONCENTRAÇÃO GEOGRÁFICA.
    DELEI

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