terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pais adotam brincadeiras para tratar os filhos autistas

“A gente pega uma lanterna e foca a luz em um dos números do mural. É uma forma lúdica de lidar com o autismo, por meio de brincadeiras você vai inserindo o aprendizado”. O método, descrito pela enfermeira Alzira Neves, é conhecido como Son-rise. A técnica norte-americana consiste em interagir com o portador da Síndrome de Asperger e está sendo muito difundida entre as famílias.

Com atividades aparentemente simples, como o tradicional “pega-pega” ou até mesmo fingir ser repórter, o próprio responsável estará estimulando o filho a ter um melhor contato visual e também maior interesse nas pessoas.

O pai de Miriã, José Alves, afirma que dá certo, além de proporcionar uma experiência única com a filha, ele conta. Segundo a psicoterapeuta Janaína Oliveira, o Son-rise está sendo adotado também por profissionais do meio acadêmico por ser um programa dinâmico e apresentar uma solução criativa para lidar com autistas.

Para começar, ela explica, é preciso arrumar o quarto: “O autista não filtra a quantidade de informações que vê, ele capta tudo que está ao seu redor. Então, quanto menos detalhes, melhor.” Depois, é deixar a brincadeira rolar e acompanhar o desenvolvimento do seu filho junto ao médico.
Foto: Gabriela Sant' Anna

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