sábado, 25 de setembro de 2010

Beach Hand, a nova modalidade de um antigo esporte

Um grupo de rapazes chega de forma discreta ao posto 4. Depois que instalam um gol nas areias de Copacabana, se poderia pensar que vão jogar futebol. Mas está para começar mais um treino de handebol, comandado pela técnica Camila Pena. O beach hand, ou handebol de praia, surgiu há pouco mais de dez anos e vem ganhando força nos últimos seis no Brasil. Em 2010, o país conquistou o bi-campeonato no masculino e o terceiro lugar no feminino no IV Mundial de Handebol de Areia, na Turquia.

Apesar disso há pouca divulgação e só existe uma escola localizada no Leme. O único apoio vem da Federação Brasileira e da Confederação de Handebol, que mantêm os espaços na praia, além do trabalho de assessoria de comunicação feito por Camila. "Não adianta ir para as rádios, televisão e jornais, criarem o interesse, se não existirem mais escolinhas. Caso alguém se interesse, ou ele cria um time, ou tenta ingressar em um já existente", explica a técnica.

Professora de Educação Física, ela conheceu o esporte ainda na faculdade. Apesar de ter iniciado no handebol indoor, há dois anos se dedica completamente à prática do esporte nas areias e ao time Cepraea Beach Hand, campeão da série C do Circuito Carioca deste ano.

O treino na praia é quase sem custo e existem, ainda, outras vantagens. "O mercado é mais aberto no beach hand. Aqui você consegue montar o seu time e chegar à alta perfomance com mais facilidade, sem depender das outras equipes." Quanto às diferenças técnicas, a quadra é menor, o número de jogadores reduzido e existem gols que valem dois pontos, como o gol de goleiro e o gol espetacular, que é o gol de 360º. Mas a maior diferença é que o no beach hand o contato físico não é permitido. A consequência disso é que as faltas são praticamente eliminadas, pois é um esporte que prima pelo fair play e pelo handebol espetáculo.





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