terça-feira, 7 de setembro de 2010

Brasileiros viajam para esquiar

O 5º Campeonato Brasileiro Amador de Esqui, realizado no Chile em julho, e o 1º Campeonato Brasileiro Ikwa/Boo-Box de Ski, que acontece em setembro na Argentina, são provas de que o país tropical também gosta de esportes de neve. Ambos eventos refletem uma realidade: todos os anos, centenas de brasileiros viajam para países vizinhos a fim de esquiar ou praticar snowboard.
Um desses viajantes é o fisioterapeuta Carlos Vieira, de 25 anos. Paulista, ele sempre andou de skate até que um dia conheceu uma pista de esqui artificial, no interior da capital. Daí para a primeira pista de verdade, no Chile, foi um pulo. “No meu primeiro contato com a neve, já planejei voltar uma vez por ano.”

Carlos se apaixonou pelos esportes de neve

Ele conta que conheceu muitos brasileiros em Valle Nevado, o maior resort de esqui da América Latina. Isso é comum. Grande parte dos visitantes são mesmo famílias e aventureiros do Brasil. “As pistas oferecem aulas, mas pela falta de prática são inevitáveis os tombos. Eu rolei mais de 10 metros montanha abaixo”, conta ele, entre risos.
Para Rodrigo Dias, brasileiro sócio de uma agência de turismo chilena, o que atrai seus conterrâneos é a curiosidade de praticar um esporte inviável no Brasil. Ele, de 27 anos, vive em Santiago há oito e conta que 90% dos seus clientes são brasileiros: “A maioria é amadora e faz uma aula para aprender a esquiar”.
Mas a brincadeira sai cara. Entre aluguel de roupas e equipamentos, transporte para subir os três mil metros de montanha e a entrada para a pista, o visitante desembolsa em torno de 350 reais por dia. Se não souber esquiar e tomar uma aula, o valor aumenta.

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