terça-feira, 21 de setembro de 2010

Flanelinha: um mal a ser acabado


Aos sábados, na Avenida Rio Branco. Às quartas-feiras e domingos no Maracanã. Os flanelinhas tomam conta das ruas do Rio de Janeiro. Um atropelamento causado por uma dessas pessoas, que não possui nenhum tipo de vínculo com a Prefeitura, aconteceu no dia 19 de julho, e a vítima foi uma estudante de 29 anos.


Os flanelinhas, geralmente, ficam com as chaves dos veículos e foi por isso que Ledo dos Anjos Cândido, 57 anos, dirigiu o veículo sem autorização do dono até o Flamengo. Mas foi na volta do trajeto que ele atropelou e matou a estudante que estava atravessando a Praia do Flamengo. Além de estar com sua habilitação vencida, ele não prestou socorro á vitima.


A assessoria de comunicação da Prefeitura do Rio de Janeiro informou que procura manter a cidade limpa desse tipo de serviço ilegal. “Possuímos vários tipos de operações ao longo do dia, porém ainda não temos uma que combata exclusivamente esse tipo de serviço ilegal”.


Quem precisa estacionar se diz sem outra alternativa. “Todas as vezes que parei o carro em frente ao restaurante que frequento aos domingos não vi uma única pessoa com o colete de guardador. Por isso, acabo estacionando com quem está na rua”, informa Claudionor dos Santos, morador da Zona Sul.


Segundo informações da SEOP - Secretaria de Ordem Pública – a Guarda Municipal também ajuda no combate aos flanelinhas. “Há um grupo de 5.200 guardas, mas o foco da Guarda Municipal do Estado do Rio é o cidadão”.


A SEOP divulgou o número total de presos no ano passado. Foram 423 flanelinhas detidos. Até o mês de julho deste ano, já foram 579 prisões. De todas essas prisões, o que mais assusta é o fato de 70% já possuir passagem por alguma delegacia policial e 3% ter mandado de prisão e/ou ser foragido da justiça.

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