segunda-feira, 27 de setembro de 2010

IBGE registra novo aumento do IPCA



Alta de preços preocupa brasileiros

Acostumada com o pagamento de taxas e impostos altíssimos, a população teve mais uma má notícia no quesito ‘gastos’ neste dia 21 de setembro. Foi o que o mostrou o resultado da última análise do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15).

Os dados apontaram uma variação de 0,31% entre agosto e setembro. A alta ocorreu após as taxas atingirem, durante dois meses, níveis próximos de zero (-0,09% em julho e -0,05% em agosto). Juntos, os índices dos últimos 90 dias somaram 0,17% - número inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. A maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou crescimento, como os alimentos, que foram os principais responsáveis pela alta, passando de (-0,68%) em agosto para 0,30% em setembro - as carnes lideram no aumento de preço.

Quem foi ao supermercado nos últimos dias já sentiu a diferença na hora de pagar. A dona de casa Selma Corrêa, 50 anos, diz que não se surpreende mais com os constantes aumentos nos preços alimentícios. “Se a situação continuar como está, não sei como vou conseguir manter minha família, pois a cada semana que venho fazer as compras, volto com menos produtos para casa.”



Outros itens, como o óleo de soja, o açúcar cristal, as frutas, a farinha de trigo e, por conseguinte, o pão francês, acompanharam a alta. Assim, o setor de produtos não-alimentícios refletiu o quadro. O setor de Transportes ficou com a segunda posição (de 0,02% para 0,33%); a gasolina passou a custar 0,77% a mais; os preços das passagens aéreas subiram quase 8% e os artigos de vestuário (0,5%).

Com tantos aumentos, os comerciantes serão obrigados a repassar os custos atualizados para o consumidor. O dono de uma panificadora do Rio, Carlos de Queiróz, 43 anos, afirma que embora as altas aconteçam sempre, nunca é bom para as vendas. “É muito desagradável ter que elevar os preços com tanta frequência como tem ocorrido. Afinal, o cliente torce o nariz e a gente tem que entender.”

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